Agora, condenado a 35 anos e há 14 anos privado da liberdade, comecei a ouvir sobre a palavra
F.A.S.
NASCIDO EM: 29/05/1981
PENITENCIÁRIA DE CASA BRANCA / SP
10/01/2019
Morava com meus pais e irmãos. Uma noite após o jantar, cansado de ter brincado o dia todo, dormi. De madrugada, sentindo frio, acordei num banco de praça, sozinho e abandonado aos cinco anos de idade. Fui encontrado, desesperado e em prantos, por dois casais. Me perguntaram o que estava fazendo ali, onde morava, quem eram meus pais, seus nomes... mas eu não sabia responder nada. Chamaram a polícia e passei a noite no distrito policial. Pela manhã fui levado ao orfanato. Fui humilhado e sofria agressões todos os dias, não pelos profissionais, mas por crianças mais velhas.
Após um ano, um casal veio ao orfanato para adotar um bebê, mas não encontraram o que procuravam... olharam e viram crianças brincando e num canto, um menino de seis anos, sozinho, de cabeça baixa e triste. O homem foi ao encontro dele, tentou conversar, mas de tanto sofrer desilusão, o menino não disse uma palavra sequer, mas ao ouvir tão doces palavras, caiu em prantos, pois há muito não ouvia algo parecido... ninguém se preocupava com seu bem-estar. A mulher, de longe observava e entendeu o choro como um pedido de socorro. Se aproximou e carinhosamente o abraçou. As lágrimas e o choro daquele menino sumiram. O casal foi à Assistente Social e ao Juizado de Menores e fizeram todos os procedimentos legais para adotá-lo. Após um mês, retornaram e viram que ele continuava sozinho num canto, triste e com os olhos roxos... as agressões tinham se tornado rotineiras. Perceberam também que seu corpo estava cheio de hematomas. Movidos de íntima compaixão, falaram que ninguém mais encostaria um dedo para lhe machucar pois teria pai e mãe que cuidariam dele. Abraçados, choraram juntos. Esse menino era eu. Fui adotado e eles cuidaram muito bem de mim. Não me deixaram faltar comida, roupas, nem carinho e amor.
Passaram-se os anos...estava já com catorze e guardava na memória os maus tratos e agressões; uma ferida aberta e difícil de cicatrizar. Me rebelei contra mim mesmo e passei a fumar escondido, roubar, usar maconha e bebidas. Gerei grande decepção para meus pais pois era o único filho deles. Fui para Febem, me tornei violento e agressivo a ponto de roubar cargas e pedágios em rodovias.
Agora, condenado a 35 anos e há 14 anos privado da liberdade, comecei a ouvir sobre a palavra de Deus. Nada me confortava, nada me acalmava, mas a Palavra de Deus começou a confortar meu coração, aliviar minha angústia e dor. Então me converti. Tinha dificuldade de entender a Bíblia, foi então que observei um irmão que falava, explicava e pregava muito bem a Palavra. Pedi para me ensinar. Ele me deu um Cupom de Inscrição. Preenchi e enviei para receber os livros, ler e aprender.
Me tornei aluno e hoje, através do Curso Encontro com a Palavra, sou conhecedor da Palavra de Deus. Deus curou as minhas feridas e as cicatrizou. Sou diácono da igreja. Sou muito grato a vocês que gratuitamente me ofereceram a oportunidade de aprender e crescer espiritualmente.
A paz esteja convosco, amém!
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